Ata poética sobre o Simpósio

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Por Célida Corrêa Lauande
São Luís, novembro de 2004.

Mais um ano se passou….
E, cá, estamos nós, outra vez,
Discutindo nossos direitos,
Com garra e com altivez,
Ainda confiando nas promessas
Que a CAIXA e a FUNCEF nos fez.

Cada simpósio é um momento único
Esperado com ansiedade e apreensão.
E muitos deviam estar se perguntando
Como seria o Simpósio do Maranhão?

Queremos dizer que fizemos muito esforço
Para recebê-los bem, como são merecedores,
Mas, o simpósio não depende só da vontade,
O seu sucesso depende de inúmeros fatores.

Dentro desse contexto, convém ressaltar,
A atuação constante de um grande parceiro
Nosso presidente, Carlos Levino Vilanova
Que esteve do nosso lado o tempo inteiro,
Com sua experiência de vários simpósios
E com um argumento muito forte – o dinheiro.

Acreditem que tentamos fazer o melhor
Com todo cuidado e com muita dedicação,
Para lhes mostrar nossa hospitalidade
Nosso carinho e a nossa tradição.
Mas, se algo não saiu a contento,
Humildemente, lhes pedimos perdão.

Confesso que não ia fazer versos, pois,
Não ficava bem de nós mesmos eu falar,
Mas atendendo a inúmeros pedidos
Estou eu aqui, de novo, para relatar
Algumas passagens interessantes
Que a minha mente conseguiu captar.

Domingo, o convento das Mercês,
Abriu suas portas e a todos encantou.
O boi barrica mostrou os seus ritmos
E o Cláudio Pinheiro para nós, cantou.

Na segunda-feira, o encanto e a magia
De vozes afinadas cantando fascinação
Sob o comando da alegria e do riso
Do regente do nosso coral São João.

Na primeira plenária falou Dr. Décio
Com toda a aptidão que Deus lhe premiou.
E suas palavras sobre a parceria pública
E privada, a todos nós, muito preocupou.

A questão da PPP, realmente
É algo que inquieta bastante.
Só que lidar com político,
É dose certa para elefante.

E, ao que tudo indica, nesse assunto,
A FUNCEF não pode se contrapor,
Porque a PPP vai passar sobre nós
Como um grande rolo compressor.

Da guerreira Regina de Goiás,
Ouvimos o seguinte recado:
O membro do Conselho da FUNCEF
Não pode ser um “pau mandado”.

Isso porque, o bolo é muito maior
E, ninguém pode ficar em cima do muro.
Pois, a FUNCEF não é nosso passado,
Ela é o presente e é o nosso futuro.

Nas sábias palavras do Moisés
Aprendi um ensinamento certeiro.
Não adianta dinheiro sem saúde,
Não adianta saúde sem dinheiro.

É fácil fazer cortesia com o dinheiro alheio
Disse o Goiano no alto de sua sabedoria.
Mas, se faltar dinheiro para nos pagar dia 20,
Onde o governo vai estar nesse dia?

Ouviu-se aqui que a Ferronorte é um mico.
Que comprar vagão é mandar burro ao palácio.
Que é engolir sapo, pois não apitamos nada,
Em outras palavras, é fazer papel de palhaço.

Mas tem a história da porta de saída,
Aquela que teria o papel de delimitar.
Tomara não seja uma porta arrrombada,
Por onde o nosso dinheiro vai escoar.

…..

A palestra da Myrian foi maravilhosa
Com ela reaprendemos a seguinte lição:
A gente deve viver a vida com alegria
Sem ficar fazendo muita reclamação.

Vamos sincronizar os hemisférios,
Usar as sinapses, o axônio, os dentritos.
A idade não importa, vamos relaxar.
Afinal, a vida é bela, então, adeus atritos.

Vamos fazer o oito deitado,
Vamos pintar mandala todo dia,
Vamos exercitar o corpo e a mente,
Vamos procurar viver com alegria.

Afinal, estamos aqui de passagem,
Nosso lugar é em outra dimensão.
Porque reclamar da chuva, se é
Ela que faz nascer a plantação?

Mas, não podemos cruzar os braços,
Ouvir promessas e, apenas, acreditar.
Se os acordos prometidos não saem
O único jeito é ir para a justiça brigar.

As pessoas mudam no poder,
Mas continuam errando de forma igual.
E, no final todos se dizem inocentes,
Só o governo passado é que foi mal.

Pílula para viver 150 anos é problema,
Jovem casar com velho é problema maior;
Será que essa tal de PPP, Ferronorte e
Comprar vagão, não é problema muito pior?

Foi dito que palavra de rei não volta atrás,
Mas, no nosso país, é outra a realidade.
Nós não estamos morando na Inglaterra
Aqui, nem tudo que se ouve é verdade.

………………..

Na festa “Noite do Maranhão”,
A voz firme de dona Teté se fez ecoar,
Dando ritmo aos bailarinos sensuais,
Que dançavam o contagiante cacuriá.

O famoso boi de Nina Rodrigues,
Trouxe o sotaque de orquestra.
Ele, com o tambor de crioula,
Veio dar um brilho a nossa festa.

…………………

A FUNCEF com toda sua Diretoria
Veio à tribuna tentar se explicar
Mas, nada do que ela informou,
Conseguiu, realmente, agradar.

O caso pós 78 está indefinido;
O reajuste pedido, isso nem pensar.
A falta de solução para o PMPP
De tão injusto, chega até revoltar.

Mas no fim tudo dará certo,
Como dizia a Teresinha, sem parar.
Quem sabe aparecem as barras de ouro
E a FUNCEF consegue o queijo cortar?

………..

E o simpósio chega ao final
Mas, a saudade já começa a doer.
Vamos aguardar o próximo ano
Para a gente voltar a se ver.

Que Deus nos dê a liberdade
Para nos aquecer em sua luz.
E que todos tenhamos paz, saúde,
Em nome do nosso Senhor Jesus.

Obrigada colegas de todo o Brasil.
Obrigada pela visita e compreensão.
Levem na bagagem o nosso carinho
E voltem sempre ao nosso Maranhão.

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